De acordo com o Deter, o sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o acumulado de alertas de desmatamento na Amazônia Legal foi de 10.267 km², de janeiro até o último dia 30 de dezembro de 2022. Trata-se da pior marca da série histórica anual do sistema.
Agora, com os dados completos de 2022, o acumulado de alertas de desmatamento em dezembro de 2022 na Amazônia foi de 218,41 km². É uma área equivalente ao estado do Recife.
Este é o terceiro pior dezembro da série histórica do Deter, atrás apenas de 2017 e 2015, quando as áreas de desmate chegaram a 288 e 266 km², respectivamente.
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O índice também representa um aumento de 150% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Marco Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima, afirmou:
“Os alertas de destruição da Amazônia bateram recordes históricos nos últimos meses, deixando para o governo Lula uma espécie de desmatamento contratado, que vai influenciar negativamente os números de 2023”.
O Deter produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²), tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal (exploração de madeira, mineração, queimadas e outras). Ele não é o dado oficial de desmatamento, mas alerta sobre onde o problema está acontecendo.