Na tarde de hoje, 2, foi empossado o novo ministro da Justiça do governo Lula: Flávio Dino (PSB), que já vinha coordenando a segurança da cerimônia de posse em Brasília nas últimas semanas. Dino é ex-governador do Maranhão e fez um discurso forte, tornando clara a mudança de rumo em relação à gestão Jair Bolsonaro.
Dino disse que comandará um ministério da “pacificação nacional”. Ele também elogiou bastante o Poder Judiciário:
“Minhas primeiras palavras são de saudação à senhora chefa do Poder Judiciário do Brasil, ministra Rosa Weber. Saúdo o poder do Estado sem o qual esse momento não estaria ocorrendo, posto que foi o Judiciário brasileiro que garantiu o Estado Democrático de Direito numa hora tão difícil.
Ficaram no passado as palavras insultuosas, as agressões e as tentativas de intimidação do Poder Judiciário no nosso país, substituído pela harmonia e pelo diálogo”.
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Estavam presentes na cerimônia de posse autoridades do STF (Supremo Tribunal Federal) e TSE (Tribunal Superior Eleitoral), como Rosa Weber, presidente do STF, e Alexandre de Moraes, presidente do TSE; além dos ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes e de Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Dino ainda se comprometeu em elucidar definitivamente o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, morta em 2018 devido à sua atuação no combate contra milícias e corrupção no Rio de Janeiro. Dino afirmou:
“É uma questão de honra do Estado brasileiro empreender todos os esforços possíveis e cabíveis, e a PF assim atuará, para que nós saibamos quem matou Marielle e quem mandou matar Marielle Franco naquele dia no Rio de Janeiro. Eu sei o que é perder um filho”.
A irmã de Marielle, a futura ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, estava presente na cerimônia, junto com sua família.