Apesar das preocupações com segurança, transcorreu sem incidentes a posse do novo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo, 1º, em Brasília. É o 39º presidente do Brasil, e o único a ser eleito 3 vezes pelo voto popular.
Lula e a primeira-dama Janja chegaram no Rolls-Royce presidencial ao Congresso Nacional pouco antes das 15h (horário de Brasília). Em cerimônia presidida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tanto Lula quanto o vice-presidente Geraldo Alckmin assinaram seus termos de posse.
No Congresso lotado, apoiadores cantaram “O lê, o lê, o lá, Lula, Lula”. E pouco antes de assinar, o presidente contou a história da caneta com que assinou seu termo, uma que teria recebido de presente em 1989 no Piauí, durante sua campanha presidencial naquele ano. Ele homenageou o povo do Piauí ao assinar o termo.
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Em seu discurso, Lula agradeceu o voto de confiança do povo brasileiro e afirmou:
“Foi a democracia a grande vitoriosa nesta eleição, superando a mais violenta campanha de ódio montada para desvirtuar o eleitor brasileiro. Apesar de tudo, a decisão das urnas prevaleceu. Foi fundamental a coragem do Poder Judiciário e do Tribunal Superior Eleitoral para fazer prevalecer a verdade das urnas sobre a violência dos seus detratores.
Há 20 anos, iniciei o discurso presidencial com a palavra ‘mudança’. Disse que a missão de minha vida estaria cumprida quando todos os brasileiros pudessem fazer 3 refeições por dia. Hoje nossa mensagem é de esperança e reconstrução. Em 2002, dizíamos que a esperança tinha vencido o medo, e em 8 anos de governo mostramos que os temores eram infundados. Ao longo da campanha eleitoral, vi a esperança brilhar nos olhos de um povo sofrido. O relatório que recebemos da equipe de transição é estarrecedor. Agora, assumo o compromisso de reconstruir o Brasil e fazer dele um país para todos.
Antes respondíamos ‘ditadura nunca mais’ aos ditos autoritários. Hoje, é dia de dizer ‘democracia para sempre'”.
Em seu discurso, o presidente ainda criticou a postura do governo Bolsonaro no combate à pandemia e o que chamou de “projeto autoritário de poder”. Ele também prometeu revogar o teto de gastos, medida que chamou de “estupidez”, e o decreto de armas e munições promulgado pelo governo Bolsonaro.