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5 anos da tragédia de Brumadinho: Lula diz que Vale não fez nada para reparar destruição

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Há cinco anos, ocorria a tragédia de Brumadinho: O rompimento da barragem da Companhia Vale do Rio Doce em 25 de janeiro de 2019 fez com que um mar de lama destruísse boa parte da região do Córrego do Feijão no município de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

270 pessoas morreram na tragédia: 3 vítimas ainda não foram encontradas. E até hoje, Bombeiros mantém uma base na região à procura desses desaparecidos.

Nesta quinta (25/01), no aniversário da tragédia, o presidente Lula (PT) se pronunciou no X, ex-Twitter, sobre o assunto, e disse que a Vale até hoje “não fez nada para reparar destruição”. Ele escreveu:

“Hoje faz 5 anos do crime que deixou Brumadinho debaixo de lama, tirando vidas e destruindo o meio ambiente. 5 anos e a Vale nada fez para reparar a destruição causada. É necessário o amparo às famílias das vítimas, recuperação ambiental e, principalmente, fiscalização e prevenção em projetos de mineração, para não termos novas tragédias como Brumadinho e Mariana”.


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Tragédia ecológica

Além da perda de vidas, Brumadinho também representa uma tragédia ecológica: o desastre derramou 13 milhões de metros cúbicos de rejeito, matando o Rio Paraopeba e afetando 26 municípios ao longo de sua bacia.

Estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, concluiu que 33,7% dos homens e mulheres adultos da região apresentavam níveis elevados de arsênio na urina e 37% apresentavam manganês no sangue. Metade das crianças de 0 a 6 anos possuía pelo menos um metal pesado no corpo, com 41,9% apresentando níveis elevados de arsênio e 13% de chumbo. Tudo por terem sido expostos à lama tóxica.

Compennsação

Além disso, famílias e pessoas que buscam compensação do estado por terem perdido familiares ou pertences enfrentam o problema da pequena compensação legal: Recentemente, um estudo realizado pelo Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens revelou que 75% das indenizações conseguidas pelos atingidos na primeira instância têm o valor reduzido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais após recursos da Vale. Os cortes podem chegar em até 80% o valor estipulado anteriormente. A pesquisa analisou 319 processos julgados em segunda instância pelo TJMG, evidenciando que três em cada quatro decisões acabarem sendo desfavoráveis às vítimas.

*Com informações de UOL e Carta Capital

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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